PF investiga se verba da Cidade Administrativa foi usada para campanhas de Aécio

A defesa do senador nega as acusações

O suposto desvio de recursos da construção da Cidade Administrativa para a campanha do então governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) está sendo investigada pela Polícia Federal (PF). Com orçamento prévio de R$ 900 milhões, a construção ficou em mais de R$ 1,8 bilhão conforme o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O suposto desvio foi denunciado por Sérgio Neves, ex-diretor superintendente da Odebrecht em Minas. Na época Oswaldo Borges, que era presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), havia determinado que 3% dos contratos da Odebrecht, Queiroz Galvão e a OAS seriam destinadas para as campanhas políticas do tucano.

De acordo com o ex-executivo da Odebrecht, Oswaldo era o operador de Aécio e quem intermediava o esquema antes mesmo da licitação acontecer. A denúncia de desvio de dinheiro por meio de fraudes é investigada pela PF.

Sérgio destacou na delação que a empresas Cowan e a Alicerce deveriam ser contempladas no esquema e que, por conta disso, foram subcontratadas por R$ 5 milhões para não fazerem nada. “Fizemos um contrato para a prestação de serviço fictícios”, disse.

Em defesa, as empresas apresentaram no ano passado notas fiscais e documentos que comprovam a prestação dos serviços. Porém, Carlos Berardo, também executivo da Odebrecht, afirmou que as duas empresas não prestaram serviços na obra, visto que ele era o responsável pelos contratos do consórcio.

Advogados do político mineiro alegam que Aécio Neves não pediu, em nenhum momento, nenhuma quantia e que, por isso, a denúncia é improcedente.

A Cidade Administrativa foi construída entre 2008 e 2010 para ser a sede do governo mineiro. A obra foi feita durante o governo de Aécio.

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!